segunda-feira, 29 de junho de 2020

extremo

Quantas vezes separados?
Eu provocarei o encontro comigo.
Treinar dia após dia uma nova percepção disso.
Uma passividade levada ao extremo.
Só alguns escritores valem realmente a pena nesse sentido.
Solidamente possível.
Embriagar-me pelo frescor da manhã, do vento, do pólen e dos pássaros.
Desviar de maus afetos como de balas. Campo de concentração de forças contrárias.

O tom e a luta de Artaud para o ritmo, eficaz e libertador.
Forças espermáticas.
Tudo faz sentido.
Ouço Aratud falar mais que escrever.
E com o ouvido se grava muito mais coisa que com os olhos.

-Bom dia.
-Bom dia. Tudo bem?
-Tudo bem. Moram aqui há quanto tempo? Vocês trabalham longe?

Conversas para quebrar o gelo.
Eu só sei lembrar.
O que tenho feito de mim?
Boa pergunta. Eu quero uma iantividade extrema.

Das inúmeras coisas que começo após o amanhecer tardio, dificilmente me foco em uma. Facilmente começo, mas nada termino.

"Riam como quiserem" grita Artaud, 
e isso é mais real que qualquer coisa.
Perdemos para a intrasigência.
E tudo tem que ser bem justificado para 
não cair nas amarras das confabulações e extremidades
da opinião toscamente elaborada.

Toscamente fardada nos moldes da classe influenciada pelas redes sociais.
Sempre, sempre estão a espreita de haver um combate interno. Uma merda!

Jayme Mathias 

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