Há um novo vírus dizem eles.
Novo, que de novo não tem nada.
Proveniente de organismos de existência despropositada, sem motivo outro que não causar pânico, embrutecimento, morte, escassez.
O seu comportamento é previsível. Já era descrito em filmes de ficção em 93.
Um novo vírus.l, que vai acabar com a humanidade, eles dizem. Como disseram antes umas 5 ou 6 vezes.
Esse, parece não ter limites, é pandêmico e se espalha tão rápido quanto o vento que passa por entre os cabelos.
Atinge a massa de todas as formas possíveis, abarca todos os modelos de sociedade dita organizada.
Os sintomas são altamente empobrecedores e contagiosos.
Não há refúgio, não há cura. O capsídeo é uma armadura inquebrável que perfura a pele, seja mulher, homem ou criança, branco, amarelo, preto ou vermelho.
A carga viral se espalha de maneira quase imperceptível, sem distinção de orientação sexual, quase mesmo invisível e quando menos se espera... estão seus hospedeiros defendendo a terra plana, contestando a vacina, dizendo que foi culpa da menina que saiu de saia curta.
A chacina é silenciosa e segregadora. Doentes e saudáveis se misturam sem ter ideia de quem é quem.
E o contágio ocorre todos os dias, a cada segundo aparecem milhares no mundo, infectados, segregados e com delírios de possuir para si a verdade absoluta.
Doença astuta que inovou ao não ser transmitida de maneira normal, não é presencial e hoje se pega pelos dedos, no simples digitar de uma desinformação.
Um vírus, eles dizem. Novo que de novo não tem nada. Que conosco estava desde o surgimento da humanidade e só agora surgiu a necessidade em falar sobre ele. Muitos nomes existem para denominá-lo. Os infectados o chamam pelos mais variados: esquerdopata, favelado, viado, feminazi, pobralhada...eu particularmente prefiro tratá-lo por seu nome original:
Ignorância Vírus.
E ao contrário do que muitos pensam, esse vírus não tem como objetivo eliminar a espécie. E sim manter a todos vivos, torturando uns aos outros, virando ao avesso qualquer convicção. Deixando que cegos guiem aqueles que tem alguma visão, rumo a um precipício de escuridão.
Um novo vírus, que de novo não tem nada!
Júlio César
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito obrigado pela participação. Continue acompanhando e comentando, isso é fundamental para nosso trabalho.
Jayme, Júlio e Paulo.