domingo, 15 de março de 2020

O indeciso

Voltaire escreveu sobre o terremoto em Lisboa de 1755, questionando Leibniz sobre a coerência com um Deus Bom que tudo planejou e também nosso livre arbítrio.
E eu nem sei se tenho livre arbítrio.
Qualquer decisão que me passa é não primeiro e só muito depois é um sim.
Pergunto-me até se isso não seria um comportamento infantil!
Sei apenas que não encontro nada como resposta.
Se de um lado o Estado para Gilles Deleuze é impotente e fraco por ser poderoso, de outro lhe somos espelho
quando impotentes e crentes de poder de decisão. O estado e o capital não se apropriam de tudo com sua exuberância. Eles contaminam com sua fraqueza, empobrecendo nosso desejo.
Eles não decodificam porque podem, mas porque temem. E decodificam de forma burra, porque infatilizam e distribuem a culpa e o medo. Cuidado!
E eu nem sei se vou ou não vou fazer o que tenho que fazer. Esse eu é abstrato demais! Não encontrei nenhuma filosofia que diga. E li uma ruma!
Tenho que fazer milhões de coisas, enviar isso e aquilo antes. Mas parei para pensar.
E penso. Filosofia é bom quando é literatura ao mesmo tempo. Filosofia quando poetiza e vice versa. Então, eu acho que vou...

Jayme Mathias Netto 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Muito obrigado pela participação. Continue acompanhando e comentando, isso é fundamental para nosso trabalho.

Jayme, Júlio e Paulo.