domingo, 23 de junho de 2019

O nômade.

As paredes não cabiam mais no seu mundo.
Estavam ali para prender, trancafiar o passarinho do sertão.
Nem mesmo usava suas asas, galopava para fora de si.
Cantava na aurora sua despedida.
Partiu em disparada. Coração dispara.
Distante chora o esquecimento. O vento lhe sopra alento.
Em outras terras busca novo ninho. Choca os ovos da experiência.
Víveres em terras desconhecidas, seu alimento é fruto, o chão é referência.
Distante de casa sua bússola aponta o sul. No norte fuga.
Atrás estão migalhas de pão. Formam trilha pontilhada a espera do grafite.
Distante de casa sua bússola aponta o sul. No norte fuga.
Víveres em terras desconhecidas, seu alimento é fruto, o chão é referência.
Em outras terras busca novo ninho. Choca os ovos da experiência.
Distante chora o esquecimento. O vento lhe sopra alento.
Partiu em disparada. Coração dispara.
Cantava na aurora sua despedida.
Nem mesmo usava suas asas, galopava para fora de si.
Estavam ali para prender, trancafiar o passarinho do sertão.
As paredes não cabiam mais em sua imensidão.

Paulo Victor de Albuquerque Silva.

2 comentários:

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Jayme, Júlio e Paulo.