domingo, 10 de outubro de 2021

Eu também vou reclamar


Em vez de nada, o que tenho hoje em meus pensamentos são todos vocês, sabotadores de uma visão de mundo medíocre.

Renunciadores da vida como dádiva.

Todos vocês com esses sentimentos mesquinhos de caras e bundas que sentam e esperam, apenas sentam e esperam e nada mais.

Outra coisa não esperam da vida que levam a não ser um bom lugar para sentar e continuar esperando!

Todos vocês nessas poltronas chatas, bundas quadradas, que atrasam a vida para a sua mais exuberante superação.

Seios de onde mamam carimbos, protocolos, extratos, retiradas, cheques, vida amarrotada, papéis com tintas que não dizem nada.

Incapazes de se superarem, incapazes de serem outra coisa.

Dotados de ódio que diz mais pela raiva de ameaçar essas vidas que vocês levam.

Digo mais de raiva que de amor, pois iguais a vocês não quero ser.

Só vejo o gosto da cédula de dinheiro, nova, esbranquiçada como quem acabou de sair do útero bancário, máquinas de fazer dinheiro.

De vocês máquinas!

De assassinos do que vivo como momento ímpar!

De vocês é essa linguagem mal falada, facilitada!

Hoje querem tudo facilitado, mas nada fácil!

Que tédio uma vida que se mostra dessa forma! 

Que forma é essa que se mostra, que vocês mesmos não enxergam nem se perguntam se existe.

Que forma é essa de viver impossível para mim!

Ou até quem dera eu melhor encaixado, vivo e cotidiano sem vida nenhuma, mas pelo contrário sou carcomido por dentro, questionando o inquestionado, o valer a pena de cada segundo, cada situação, cada decisão.

E vocês sorriem como se fosse óbvio aquilo pelo qual sinto desespero e não tenho certeza, mas nem vocês tem a porra da certeza, aliás a certeza que vocês tem não é certa, e querem dinheiro, sucesso, uma boa vida, uma boa família, o bom cidadão, o bom homem!

Vocês fingem uma vida que é todo tempo ameaçada como se fosse felicidade. 

Covardes! Vocês são covardes mais uma vez. De relance, covardes e é tudo!

Ou quase nada!

Porque sentem medo de olhar para dentro e contemplar o vazio que são.

Porque não pulsam de vocês nada que seja vivo.

Pois o que vive e pulsa dentro de vocês são tolos assustados e assustadores de pessoas que não são vãs.

São vocês insesticidas de pessoas vivas de verdade!

Um atraso, espírito do atraso do mundo enquanto vida, da merda de vida que vocês julgam como real, mas pelo contrário preferem as lembranças de silhueta do dito desafio que a vida cumpre diariamente como se fosse coisa que se faça honra e conquistas inúteis, acalgoetes que não me deixam nunca em paz! Hordas de demônios e penduricalhos na parede com diplomas na parede fria nos salões coloniais!

Mas vocês ameaçadores não fazem só com vocês, vociferam ganham uníssono e sacaneiam com quem ousa ser livre. 

Vocês sacaneiam com quem ousa ser livre, porra! Vociferam a não-vida encaixotando o ninho da dádiva da vida humana transformam em dívida. Vão para lá com suas culpas, castigos e pragas, vão para lá vermes que adoecem, vão vão!

Vocês obram o preço mais barato dessa vida que sufocam!


Assinado a porra do Jayme Mathias Netto!

Um comentário:

  1. Aqui seu texto simboliza sua revolta, meu caro e jovem Jayme , naturalmente compreendida pelo árduo fardo de ter que conviver com quem amamos e nos deixam tristes por terem na ponta da língua um discurso vazio de afetividade e falta de amor pelo próximo, especialmente a classe mais necessitada do exercício da empatia, que falta naqueles muitos que devemos respeito e estamos cansados de tentar compreender os motivos que os levaram a se tornarem tão frios, mesquinhos, agressivos e adoradores dos discursos de ódio. Compreendo sua revolta e me encontro nesse estágio com vc.😥

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