domingo, 28 de fevereiro de 2021

Honra

E quem só honra quer.

E todos também querem,

querendo sair disso.

Uma coisa menos humana

tinha de vir nesse momento.

Uma coisa a mais ou a menos.

Uma Vida que não quer

dessa vida que sempre quer.

Mas de outra Vida que trouxesse algo.


Quem cura,

se deus mais não é?

Quem eu passo para seguir em frente?

Para que viver desses vícios,

criados por nós sem ele?


Todo santo dia, 

Todo santo dia fazemos o que não queremos

E ninguém ouve

Ninguém houve

que consiga aquela Voz escutar.

Aquela Voz que vem de dentro

E passa por cima de tudo

Porque ilumina


Quantas Luzes terão que vir?

Quantas vezes nos alertando?

Que somos capazes disso e daquilo,

mas que principalmente somos capazes.


Todo santo dia,

Todo santo dia fazemos o que fazemos

E ninguém pensa

Ninguém pensa 

Que pode ser feito de outra forma

Aquela forma que vem de dentro

E sai para todo mundo

Porque ilumina


E esses corações que podemos atingir?

E essas canções que podem ser feitas?

O imaginário geral da dor

sentida, porque humana!


Todo santo dia 

Todo santo dia sofremos o que fazemos

E ninguém sofre mais

Ninguém sofre mais

Que quem sofre agora de toda forma

Aquela forma que não é desse ou daquele

Que dói no todo do humano

Porque ilumina


Eu queria poder falar com certeza!

Eu queria confiar com prepotência!

Oh, queria acreditar com soberba!

Mas falo de tantos gerais,

que não falo desse ou daquele

Ajudo o Homem

mas meu vizinho sente fome e dor!

Quem pensa em deus acima de tudo

e esquece do Chão onde pisa.


Todo santo dia,

Todo santo dia, a gente se corrige

Uma morte a mais e uma a menos

Não tolera, a gente. 

Mas não muda.

Todos em sacrifício

da manhã que não tolera

a madrugada torrente acelera, e já era.


Jayme Mathias Netto


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