"Fugi do mau cheiro!" Ouvi certa vez de um amigo.
Fugi do dedo ligeiro que tece a explicação fugaz, de um modelo falido.
Que tudo aponta ao próprio umbigo.
Apraz o ouvido destreinado, constitui um novo papado, de um pontífice que não se satisfaz.
Incautos, arautos do novo que já nasce velho.
Fugi do mau cheiro! De achar que humanidade é qualquer coisa inteligente.
Tal uma pedra, que arremessada julga-se consciente da trajetória que "traçou".
Cansei do mau cheiro e com um isqueiro, me esgueiro pelas bordas escuras da casa.
Onde o silêncio é gritante, mesmo com a sala cheia de elefantes.
Fujo de um mundo de infantes, no bater das asas, desperto em meio a uma multidão que sonha medíocre, presos em suas garrafas pet particulares.
Onde a trama da sustentabilidade segura apenas seu próprio ego.
Escapo viajante, almejante, não percebo que "sou pior no que faço de melhor." Mas "é divertido perder e fingir" dá dó!
"Fugi do mau cheiro" disse um amigo. Ah caro companheiro, antes tivesse lhe dado ouvidos!Não teria agora que sufocar meu grito por respostas na ignorância da alegoria de como a vida deve ser vivida.
Destruo o homem que há em mim.
Apenas respiro. Talvez haja algo de bom por vir disso.
Júlio César Barbosa
Vivisseccao.blogspot.com
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