domingo, 21 de maio de 2017

Destino e Adaptação

Ajustado e adaptado à forma de minha vida vulgar e inapta, de prontidão e em sufoco na contramão.
Eu sufoco para enformar com a minha vida aquilo que julgo sem.
Será só isso sem vida ou eu também?

Quantas vezes eu inadaptado e posto a me adaptar?
Quantas vezes adaptando-se não me adapto?
Quantas mais vezes não me adapto menos vida tenho?

Sou eu mesmo ajustado e adaptado à minha forma de vida vulgar e inapta, sufocado, sufocando a mim mesmo para enformar de mim aquilo que julgo sem.

Mas será só isso sem mim ou eu também?
Quantas vezes sem mim estou?
Quantas vezes tão comigo e não consigo?
Quão mais vezes sem mim estou comigo?

O destino pai de qualquer desatino. Será ele fruto de meu desejo?

Se sim como posso saber o que quero, se meu querer pode ser tão profundo, deixando outros quereres menores, que não posso de lado deixar? Eu desespero!
E eu os desejo mais que aquele no fundo de minha alma a planejar? E quero!

O desejo e a adaptação quando entram de dadas as mãos, para prever não dá.
Menos ainda quando estão separados, parecem mais duas palavras inventadas, para se adaptar.
Ou ainda, que sufoca quem as usa, sem ser torta, para a alma melhorar.
Nunca se ajusta à minha forma inapta e de prontidão também!
Sempre na contramão das palavras falar.

Mas basta as modificar para na vida mudar o sufoco que não convém.
Essa é a esperança daquele que amansa.
Com destinos e palavras na balança.
No sufoco que convém à liberdade que se lança!

Trecho de Outrora: crônica de uns dias perdidos
Por Jayme Mathias
Outrora.net

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