Das poucas palavras
Que por hora me escorrem dos dedos
Sem grandes enredos e tramas
Sem grande comédia ou drama
Derramo aqui o instante da alma.
Às vezes não tem motivo, intuito, razão
Senão sair da penumbra do peito apertado.
O que ficara guardado, que arrocha o nó do miolo do peito
bem no miocárdio e só passa quando sai.
Não tem moral, rima, script nem personagem.
É produção e produto.
Motor e engrenagem.
Funciona porque vive, não obedece a nada senão a si.
Necessidade que não necessita.
Apenas flui.
Nem tudo se funda em propósitos externos.
Nem tudo que se busca são carros e ternos.
Mas a autossuficiência dos seus próprios processos.
Naquilo que secreta e constantemente agrada, satisfaz e aperfeiçoa
E que ninguém sabe.
E quando o exterior é só caos,
pandemônio e pandemia são sinônimos de democracia.
Talvez olhar para dentro e se derramar sem pensar no agrado alheio seja o melhor a fazer.
Júlio César
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