domingo, 20 de outubro de 2019

Eles não soltam a mão de ninguém!

...Seja bruto ou líquido é mais-valia
Imposto, obrigatório ou de livre vontade
Conquistado e expropriado
Certo ou errado, indepedente
Sempre há força em excedente
Daquilo que ainda chamam dignidade
Do boi morto no prato diário
Estado é a violência sutil
E porco, como somos, comemos tudo
Crendo abundante sermos
Ele é amigo-irmão do capital febril
Andam de mãos dadas e piscam nos olhando
Vendem tudo e não tem valor nenhum
Querem nossa própria percepção desapropriada
Do nosso espaço e do nosso tempo
Afinal, gostamos dos cacarecos e dejetos axiomáticos
Lá onde os tentáculos desses dois polvos ainda vão
Leviatã que ainda se expande e cresce
Com nossa energia e força voraz
Não é à toa que crianças brincam de Slime
Estética amorfa dos dois irmãos e amigos
A violência do extremo oposto que o fazem borbulhar
Para nos pegar sempre desapercebidos
E eles sorriem gargalhando
Aquilo que no fundo é nosso lento suicídio...

Jayme Mathias

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