domingo, 8 de julho de 2018

Julho do leitor: Amor e palavras proibidas

O efeito do ópio começou no instante da consciência começar a fantasiar sobre sua boceta, jogada ao lado de sua cama, contendo instrumentos abundantes. Toda minha concepção de belo começou a se refazer. Minha crença desfeita. Meu rosto sem expressões e logo deduzo: a linguagem é errônea ao tentar entender a beleza. A linguagem não cumpre a significação da benevolência dessa súcuba. Se, porventura, viro na direção de seus olhos, percebo uma harmonia nos seus lábios excitantes e avermelhados, nos seus olhos em êxtase quando chocam com os meus e no calor em que nenhuma criatura sabe medir ou reter. Quando me vê, não sabe sobre seu poder perante meu corpo. Um mero homem perturbado. Loucura ocasionada pela beleza transcendental dessa moça catita. Traço planos e ideias para seus regaços. Nunca ouvira palavras descritas tão convenientes a esta moça. Quando me adentro na sua parte mais poderosa e íntima, onde tudo acontece, entrego-me ao turbilhão dos prazeres divinos e exuberantes, cobiço por mais, desejo tê-la no meu membro mais sutil e apetecível, julgo cada movimento de sua boceta único e conduzindo objetos de diversos tipos. Últimos suspiros prazerosos. Chamo-o assim. Deleite humano, gozo angelical. Eis o ponto em que tocamos o céu, recuperando nossas asas e elevando-se a um andar superior à imanência humana.

Por Eric Vieira
vivisseccao.blogspot.com

Um comentário:

  1. celebrar estas linhas respirando com um sorriso cada letrinha de gratidão. muito lindo

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