domingo, 18 de junho de 2017

Homo homini Lupus

Dizem que existo dentro de cada um de vós.
Preso, enjaulado, sob duas distintas ópticas. Do bem e do mal.
Mas como julgas moralmente um animal? Irracional? Desconheço tal palavra.
O fato é que bom ou ruim não me cabe, sua linguagem, humano, não me contém. Pois sou lobo, acima de tudo.
O frio e a noite não me amedrontam, mas também a luz do dia não me restringe.
Caço em bando, quando do bando me beneficio, mas em companhia qualquer encontro vício.
Sou o mesmo, em bando ou sozinho, meu caminho eu mesmo crio, esguio, esquivo com perícia das intempéries de um mundo hostil.
E nada me para, nem mesmo a vara e as armas do pastor de ovelhas.
Ao definir minha trilha, sigo obstinado minhas vítimas e as armadilhas, mesmo elas, não ceifarão meu propósito.
Nem que para isso tenha de arrancar minha própria pata, pois em mim há apenas uma chama inata.
Ômega, alfa ou Beta, minha meta é apenas​ uma, sobreviver.
A qualidade da qual falam vcs humanos e que a mim cabe, não é bom ou mal. É vida. Liberdade minha alcunha.
Não me furto da discórdia e da guerra intestina. Abraço-a.
Clandestina é a minha presença.
Não espere de mim complacência.
Isso também é outro nome que tem essência num viver que me é alheio.
Inocência não pertence a lupinos, mas a meninos que ao aprender o que é o mundo, nem mesmo donos são de seus destinos.
Minhas garras não tem amarras e minhas presas destreza para perfurar exatamene onde desejo.
Não há beleza na morte. Apenas sinta-se com sorte se algum dia me avistar. Do contrário caro humano, fique esperto. De certo não apareço nem sou notado por quem desejo atacar.
Muito prazer. Nem bom, nem mal, nem amigo, ou cordial. Lobo e só.

Júlio César Barbosa Dantas

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