Vivemos num mundo de pesadelos reais.
Onde, cedo ou tarde, enfrentamos o que mais tememos.
E nos tornamos tudo aquilo do que mais fugimos.
Há um magnetismo inexorável e inevitável que nos atraí.
Onde aquele que canta, morre enforcado.
O fiel, trai.
Aquele que treina, morre deitado.
Repousa uma ironia macabra.
Um ímã do inevitável, que arrasta a todos ao "Maktub"
Somos consciência coletiva perdida em sua derrocada?
Os segundos finais de atividade cerebral post morten.
Diriam os Maias.
Onde o tempo ficou na relatividade de Einstein.
Sofremos juntos a alucinação de Belchior, todos os dias.
Mantemos acesa a centelha divina
Que mina o real, mandando a salvação para uma vida além.
Tirando muitas vezes o foco, de quem estamos nos tornando aqui.
Quem é você para além da sua casa?
Quando o sapato aperta?
Quando a festa acaba?
Quando no final da reta, havia uma curva, uma cova rasa e uma arma com uma bala só?
Quando a mente turva e o julgamento opaco falham em te assistir?
O que você deseja? O seu? O do outro? O de todos?
Quem é você?
Ouro de tolos reside na ideia de que a indecisão é decisiva.
De que quem se encontra, assim o faz na missiva, de se esquivar do que já te atingiu.
No silêncio, a história se tinge de sangue mais uma vez.
Vivemos um mundo de pesadelos reais.
Onde, cedo ou tarde, enfrentamos o que mais tememos.
E se você não estiver na frente estará atrás.
E o silêncio não falará mais, apenas te arrastará para aquilo que você mais teme.
Júlio César
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