Cego, sigo a saga do sensível.
Certo de que o fim me é alheio.
Disperso, no espaço, escasso.
Como um porco no campo de centeio.
Destruo, destrono, desvirtuo tudo aquilo que me apoia.
Equilíbro-me entre a sanidade e a paranóia.
Torço para que a clarabóia não suporte.
O peso das frustrações de um passado latente.
Chamo pela chama falsa de uma vida plena.
Clamo pela erva vil que envenena minha mente.
Deslizo, liso pela borda do abismo.
Deduzo o relevante, uso o incoerente.
A mente, mente num último recurso.
Mostra-me um futuro distante, contente.
Mentiras, em tiras de romance barato.
Descarrego a última bala do pente.
Por Júlio César Barbosa
vivisseccao.blogspot.com
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